Empreendedoras aproveitam experiências pessoais e criam negócios que atendem às demandas de outras mães

O uso do sling vem se popularizando no país. A BabyGrude espera abrir, em breve, a primeira loja física

O Brasil vem assistindo, ano a ano, o expressivo e consistente crescimento do empreendedorismo feminino. Embora, no conjunto das empresas brasileiras, as mulheres ainda estejam em desvantagem e representem apenas 34% dos donos de negócios, quando considerados somente os empreendimentos recentes, essa proporção já é de paridade. Ao todo, existem cerca de 24 milhões de empreendimentos liderados por mulheres no país, e parte expressiva delas optaram pelo empreendedorismo como forma de encontrar mais tempo para estar perto da família. Na semana em que se comemora o dia das mães, o Sebrae conta as histórias de duas mulheres que começaram a empreender após a maternidade.

Segundo levantamento do Sebrae, 25% das mulheres que empreendem, trabalham em casa, proporção significativamente maior que dos homens (6%). Essa foi a escolha feita pela empresária Valéria Freitas, fundadora da Mi Petit. Formada em Engenharia Civil e com MBA em administração de negócios, Valéria trabalhou por 20 anos na iniciativa privada, em grandes multinacionais, e nos últimos sete anos respondia por projetos em outros países. “Eu ficava três semanas fora do Brasil e apenas uma semana em casa”, comenta Valéria. Diante dessa realidade, ela resolveu transformar tirar do papel um antigo projeto pessoal e abrir o próprio negócio. Nesse momento, a experiência com o filho rendeu a escolha do nicho para empreender. Ela lembra que o filho (hoje com 13 anos) tinha resistência a provar novos alimentos e ter uma alimentação mais diversificada. Depois de várias pesquisas, a empresária descobriu que praticamente não existiam no Brasil empresas especializadas em alimentação infantil que seguissem as recomendações do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria. Assim nasceu a ideia da Mi Petit.

Em parceria com a nutricionista Amanda Branquinho, que depois acabaria se tornando sua sócia, Valéria abriu a empresa há pouco mais de dois anos. No primeiro ano ela ainda acumulou a gestão do negócio com o antigo emprego, mas agora se dedica integralmente à Mi Petit. “O nosso objetivo vai além de nutrir o bebê, queremos formar crianças com bons hábitos alimentares e que possuam uma relação positiva com a comida”, comenta Valéria. Nos primeiros seis meses de atividade, a empresa vendia entre 200 a 300 refeições por mês. Em pouco tempo, o negócio se expandiu e hoje já conta com duas lojas e passou a vender 4 mil refeições mensais, gerando emprego para nove funcionários.

Os planos de Valéria agora são de ampliar as vendas por e-commerce, que hoje representam cerca de 30% do faturamento da empresa. Em breve a Mi Petit deve lançar um aplicativo onde as mães poderão interagir com suas redes sociais e participar de promoções. E o passo seguinte, para 2020/2021, será expandir o negócio para o disputado mercado de São Paulo. Para isso, Valéria está fazendo cuidadosos estudos de viabilidade.

E-commerce a bordo

A empresa BabyGrude, da baiana Izaura Pimenta, nasceu praticamente junto com a filha, em 2016. Izaura conta que, com a chegada de Catarina, ela se tornou uma entusiasta do uso do sling (um pedaço de pano que suporta o bebê ou uma criança pequena junto ao corpo do cuidador). Entretanto, ela encontrou – no começo – alguma dificuldade no uso da peça e, por isso, resolveu estudar mais sobre o assunto. Foi assim que Izaura e o marido decidiram participar de um curso em São Paulo. “Eu não tinha, em princípio, nenhuma pretensão comercial. Mas acabei tão entusiasmada – ainda mais do que eu já era – que voltei de lá com várias peças na mala para revenda”, comenta.

Em poucos meses de atividade, Izaura decidiu abrir seu próprio e-commerce e passou a dedicar mais tempo à empresa. Hoje, a BabyGrude conta com uma produção própria, com quatro produtos fixos, e já dispõe de uma rede de revendedoras em vários estados e até em Portugal. Agora, enquanto ainda curte o recém-chegado Artur (seu segundo filho), Izaura planeja os próximos passos da empresa. Primeiro, expandir suas vendas online com um novo site, totalmente reformulado. E, em cerca de 1 ano, abrir sua primeira loja física. “O sling foi uma revolução na minha vida. Ele é uma solução de praticidade na vida dos pais e quero levar essa experiência a outras pessoas”, comenta. Outra ideia de Izaura é difundir no Brasil a comemoração do Babywearing Week (conceito já bastante usado no exterior, principalmente na Europa), quando se busca propagar os benefícios da prática tanto para os pais, quanto para os bebês.

Assessoria de Imprensa Sebrae

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