A Apple está sendo processada no Reino Unido por um grupo de consumidores que acusa a empresa de forçar usuários a contratar o iCloud, seu serviço de armazenamento em nuvem, violando leis de concorrência. A organização de defesa dos consumidores Which? afirmou que a empresa favoreceu o iCloud e dificultou o uso de alternativas para armazenamento de dados, como fotos e vídeos. O grupo estima que os clientes da big tech tenham sido prejudicados em £3 bilhões devido ao suposto monopólio, quase R$ 20 bilhões na cotação atual.
A ação pretende beneficiar 40 milhões de usuários da companhia no Reino Unido que estariam “presos” ao uso do iCloud desde 2015, pois a empresa não permite backups automáticos em outros provedores. Segundo Which?, a Apple tem mantido o limite de 5 GB gratuitos desde 2011, e cobra mensalidades a partir de 99 centavos de libra para mais espaço. Apesar disso, os usuários podem fazer backups manuais em seus computadores.
O Which? argumenta que a empresa de Steve Jobs tem a responsabilidade de não explorar seu domínio no iOS para obter vantagem em mercados relacionados, como o de armazenamento em nuvem. “Com essa ação, buscamos garantir reparação aos consumidores, desincentivar práticas anticompetitivas e promover um mercado mais justo e competitivo”, afirmou a organização.
Apple também enfrente processo antitruste nos EUA
A big tech enfrenta um caso similar nos Estados Unidos, onde o Departamento de Justiça a acusa de monopolizar o mercado de armazenamento em nuvem. Em resposta, a empresa declarou que o iCloud é uma opção e que muitos usuários preferem alternativas de terceiros. Em nota, a Apple declarou: “Nossos usuários não são obrigados a usar o iCloud. Rejeitamos qualquer sugestão de práticas anticompetitivas e defenderemos vigorosamente nossa posição.”
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