Com o aumento de opções na mobilidade urbana, é normal que mais pessoas utilizem as bikes e patinetes elétricos como transporte alternativo. Sabemos também que muitas pessoas ainda não aderiram ao movimento pelo fato de chegarem ao destino suados, porém, para quem trabalha na Zona Oeste de São Paulo, isso não é mais uma desculpa.

O empreendedor Tiago Godoy criou a Sports To Go e instalou um contêiner com chuveiros compartilhados na região da Faria Lima para facilitar a rotina de quem trabalha ou passa por ali.

Tiago trabalhou em uma empresa que disponibilizava chuveiro e itens para banho aos funcionários e sempre ouvia de pessoas próximas que se eles tivessem acesso a uma infraestrutura, também iriam trabalhar de bicicleta. “Foi daí que surgiu a ideia de oferecer um chuveiro para que qualquer pessoa que trabalhasse na região próxima as estações pudessem ter essa opção. A parte da automatização por aplicativo foi para deixar o serviço mais moderno e atender o público mais exigente”, diz ele.

A estrutura, que possui quatro cabines, conta com chuveiros, armários e tomadas, além de itens de banho que podem ser adquiridos separadamente. As portas são transparentes, mas contam com uma tecnologia que as tornam opacas no momento em que o usuário gira a chave.

Para utilizar o serviço, é preciso baixar o aplicativo e escolher entre as opções disponibilizadas como banho avulso ou plano mensal, os preços variam entre R$ 12,00 e R$ 159,90 e os valores são debitados diretamente do aplicativo e o uso da cabine também é liberada acessando ele.

Os banhos têm duração de 15 minutos e caso a pessoa passe do tempo é cobrada uma taxa mais alta por minuto. “A ideia é incentivar um uso consciente dos recursos (água e luz), mas não cortar a água de repente e deixar alguém cheio de shampoo na cabeça”, comenta Tiago.

Além das câmeras de segurança do local, as cabines têm portas de aço, vidros anti-vandalismo e fechaduras que são trancadas por dentro e podem ser abertas somente com uma chave especial.

Próximos passos

Com o objetivo de se tornar uma rede e estar sempre em locais com alto fluxo de pessoas e próximo a ciclovias ou ciclofaixas, o empresário conta que estão estudando a possibilidade de instalar os chuveiros também em parques, aeroportos e rodoviárias. “Estamos estruturando algumas parcerias estratégicas e definindo os modelos para expansão”, diz ele.

Sem parceria com órgãos públicos ou governo, Tiago diz que a maior dificuldade para implementar os chuveiros compartilhados foi encontrar o local. “Como o conceito é novo, havia muito ceticismo com relação ao modelo de negócio e como isso impactaria o dia-a-dia do local”, afirma.

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