A startup de gestão de condomínios LAR.app fechou nesta semana sua primeira rodada de captação junto a investidores-anjo e de venture capital. O total captado foi R$ 4 milhões, sendo a maior parte oriunda do Global Founders Capital, fundo de venture capital alemão e que tem em seu portfólio investimentos no Linkedin, Facebook, Trivago, Evenbrite, e nas brasileiras Dafiti e Zen Finance, entre outros.

Completam a rodada os investidores-anjo Brian Requarth, do VivaReal; Bruno Nardon, do Rappi; Sergio Furio, da Creditas; e Vinicius Ferriani, do Gympass. O aporte será destinado à expansão da operação e melhorias na plataforma de gestão de condomínios.

Fundada em agosto de 2018, a LAR.app é pioneira na digitalização completa da gestão de condomínios, um mercado que, apesar de girar cerca de R$ 40 bilhões ao ano no Brasil (só no Estado de São Paulo são R$ 12 bilhões, segundo estimativa do Secovi-SP), ainda é extremamente analógico e fragmentado.

“Decidimos investir na criação de um serviço novo a partir da constatação de que falta eficiência e transparência ao setor”, diz Rafael Lauand, sócio-fundador da empresa. Segundo o empresário, há diversos exemplos desse diagnóstico no dia a dia dos condomínios. “Um balanço mensal de prestação de contas de uma administração convencional de condomínio chega a conter 300 páginas. Isso é mais do que o tamanho dos relatórios financeiros trimestrais dos maiores bancos do país, não faz o menor sentido”, complementa.

O início da negociação com o GFC e os investidores-anjo e fechamento da rodada de captação aconteceu em cerca de três meses, o que reforça o potencial da solução. “Vemos um grande potencial de expansão nos negócios ligados ao modo de viver em grandes cidades. Ao contrário do ambiente de trabalho, em que diversas soluções impactam a rotina das pessoas, a maneira como encaramos o nosso condomínio ainda é a mesma do século passado”, diz Fabrício Pattena, executivo do GFC no Brasil.

“O condomínio residencial é um local único para diversas iniciativas, que vão desde o mapeamento de tendências de consumo até a oferta de serviços. E pouco temos visto de transformações significativas nessa área”, afirma Brian Requarth, fundador do VivaReal e chairman do Grupo ZAP.

Além de Rafael Lauand, a LAR tem como fundadores os empresários Leonardo Boz e José Vanni, todos com passagens por algumas das principais startups brasileiras. Do dia em que começaram a elaborar o plano de negócios, passando pelos primeiros testes do serviço, até o início das atividades, foram poucos meses. Desde então, a startup já transacionou R$ 3,5 milhões em operações ligadas à administração de condomínios.

Entre os ganhos de eficiência mais evidentes para os condomínios que contratam a plataforma estão a maior transparência na relação com os fornecedores e prestadores de serviço, aplicativo de fácil operação para síndicos e condôminos, agilidade na prestação de contas mensais (três dias ao invés de 60, que é a média do mercado) e economia dos gastos correntes, o que tem implicado na redução da taxa condominial ou então melhoria nos edifícios. “Um bom indicativo da qualidade do serviço é a nossa taxa de evasão de clientes: menos de 5% até agora”, ressalta Boz.

Atualmente, a LAR oferece planos mensais a partir de R$ 700 para o Plano Essencial, que inclui gestão financeira, do eSocial, serviços digitais e cobranças extrajudiciais, e o Plano Exclusivo, a partir de R$2 mil, com todos os serviços do anterior e que abrange ainda auxílio jurídico, controle patrimonial e de seguros e contratação de pessoal.

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