Empreendedora acreditou no potencial do negócio e, hoje, é reconhecida como Mestre Pimenteira

Voz e violão foram, por muito tempo, os instrumentos que Priscila de Ávila utilizou para ganhar a vida. Entretanto, a brasiliense viu sua vida mudar completamente há pouco mais de 12 anos, quando se casou e foi morar em uma pequena chácara na cidade de Planaltina de Goiás, no entorno do Distrito Federal.

Logo que mudou, Priscila começou a procurar uma maneira para aproveitar o espaço da propriedade e, consequentemente, gerar uma nova fonte de renda. Foi aí que surgiu a ideia de plantar um pé de pimenta. Mas ela não tinha a intenção de comercializar os frutos que a semente ofertaria, e sim “afastar inveja e mau-olhado”. “Depois que plantei aquela semente, percebi que a atividade poderia ser uma fonte de renda e logo fui atrás de mais sementes para fazer um plantio maior”, diz.

A iguaria de sabor ardente e picante, mas que também pode apresentar um gosto suave e quase que imperceptível ao paladar humano, sempre foi uma paixão da vida de Priscila. Essa relação foi determinante para que ela começasse a comercializar o que produzia em pequenas feiras do DF. Porém, assim como a maioria dos empreendedores, o início da trajetória foi difícil e Priscila se viu obrigada a inovar para que o empreendimento pudesse dar certo. “Foi exatamente na época em que concluí a graduação em administração de empresas. Procurei embalagens mais atraentes, misturei pimentas coloridas e continuei em busca de espaço para vender”, lembra.

As oportunidades surgiram e Priscila buscou aproveitar cada uma delas. E foi em uma dessas ocasiões que ela foi estimulada a procurar o apoio do Sebrae no Distrito Federal. “Uma senhora chegou até mim e pediu mais informações sobre o meu produto. Eu não tinha inspeção sanitária, código de barras e nem informações nutricionais”, conta a produtora.

Era o primeiro semestre de 2008 e Priscila tentava amadurecer sua ideia há quase um ano. A vontade de ampliar o empreendimento era grande e motivou a produtora a ir atrás do apoio do Sebrae. Logo após conversar com um colaborador da instituição, ela foi convidada para participar da AgroBrasília – Feira Internacional dos Cerrados –, que acontece anualmente no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD/DF. A produtora levou suas pimentas ainda sem rótulos e fez sucesso durante a realização daquele ano.

O apoio do Sebrae foi positivo e, depois do término da feira, a produtora começou a receber consultorias e participar de capacitações junto à instituição. Desenvolveu uma nova identidade visual, rótulos, amadureceu a ideia e ganhou notoriedade dentro do universo pimenteiro mundial, sendo reconhecida como Mestre Pimenteira.

Hoje, a mestre pimenteira cultiva as sementes em uma chácara no Núcleo Rural Lago Oeste, em Sobradinho, e comercializa tudo o que é produzido com o nome de Queen of Peppers. As sementes são todas importadas e dão origem a molhos, geleias, temperos e até cachaça de pimenta. A marca comercializa inclusive, a Carolina Reaper, considerada a pimenta mais ardida do mundo, de acordo com escala de Scoville, que é usada para medir a ardência de pimentas e derivados.

A Queen of Peppers foi uma das 26 marcas que estiveram presentes na Feira do Produtor do Sebrae durante a AgroBrasília 2019, onde Priscila conseguiu melhorar ainda mais o posicionamento da sua marca. “Lembro da primeira vez que participei da AgroBrasília. Naquela ocasião, só por estar presente no espaço do Sebrae eu tive um bom desempenho. Depois, com as consultorias e as capacitações, o Sebrae me proporcionou uma visão mais profissional e isso foi determinante para o crescimento da minha marca. Agradeço imensamente à instituição por ter me proporcionado aquela oportunidade”, completa Priscila.

Contato Priscila de Ávila: 61 9 8128 6916

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