Integração de diferentes políticas e agentes é apontada como desafio a ser superado no Brasil

O diretor Técnico do Sebrae, Bruno Quick, durante o Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria

A visão de longo prazo para o desenho de políticas de incentivo à inovação ainda é um entrave a ser superado no Brasil. “A desintegração das esferas de governo é uma barreira adicional para que os empreendedores consigam configurar não apenas o conjunto de recursos para a inovação, mas para o próprio funcionamento do seu negócio”, afirmou o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, no painel de encerramento do 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria. Para o executivo, esta situação compromete a característica da política pública para a inovação.

Quick falou a lideranças do governo e do setor privado sobre as ações desenvolvidas pelo Sebrae para fomentar o empreendedorismo no Brasil. Entre elas, está a educação empreendedora, programa que tem como meta atingir 1 milhão de alunos em todo país. A visão foi corroborada por outros participantes do painel que debateu os desafios de longo prazo para políticas de inovação, como o secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Paulo Alvim. “Os instrumentos de política pública precisam ajudar as empresas, ou seja, oferecer segurança jurídica e continuidade dos processos que garantam fluxo de recursos”, afirmou.

O diretor técnico do Sebrae encerrou sua fala ressaltando a necessidade de livre iniciativa para o fomento da inovação. “Não há inovação sem liberdade. Liberdade para pensar. Liberdade para agir”. Outra ação apoiada pelo Sebrae é a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que reúne periodicamente representantes do setor privado e do governo para debater caminhos para a inovação. O Sebrae é membro do grupo desde sua fundação, há 10 anos. “As transformações dependem de elementos simbólicos, mas também dependem de muita parceria”, finalizou Bruno.

Convidado internacional, Ole Janssen, diretor-geral adjunto de Política da Inovação e Tecnologia do Ministério da Economia alemão, ressaltou que um dos principais pontos da política de inovação de seu país parte do princípio de que é preciso proporcionar um ambiente de inovação, ao invés de detê-la, como muitas nações ainda o fazem. O aspecto coletivo e de longo prazo da inovação foi ressaltado por Frederick Bordry, diretor de Aceleradores e Tecnologia (CERN). No total, mais de 6 mil pessoas participaram da 8ª edição do Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, encerrado nesta terça-feira (11).

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