Durante a última edição do RD Summit, que aconteceu na última semana, um dos assuntos mais debatidos foi o aumento das pesquisas por voz e o crescimento no uso de assistentes virtuais por todo o mundo. Maryna Hradovich, VP de crescimento estratégico e desenvolvimento da SEMrush, subiu ao palco no último dia do evento para falar sobre o assunto.

É fato: o Google está cada vez mais entendendo o que as pessoas falam. Uma pesquisa apresentada por Maryna mostra que, em 2013, a taxa de erro das palavras em reconhecimento de voz era de 23%. Hoje, não chega a 5%. “O Google também é capaz de entender muito melhor contexto e conversas. Ao pedir para o Google falar a previsão do tempo, por exemplo, é comum que utilizemos algo como “ei, Google, você pode me dizer como estará o clima aqui na cidade amanhã?””, explica a executiva. Além disso, a assistente do Google também já pode reconhecer 30 idiomas.

Crescimento

Hoje, o crescimento do uso das assistentes de voz é exponencial. 31% dos usuários de smartphones ao redor do mundo usam pesquisa de voz pelo menos uma vez por semana. Nos EUA, 47% dos usuários esperam aumentar a utilização da pesquisa por voz esse ano. “Soma-se a isso também o fato de que a adoção das assistentes de voz foi mais rápida do que qualquer outro dispositivo na história, mais rápido que a adoção do próprio smartphone, inclusive.”

Os dados não param de surpreender: 21% das pessoas nos EUA de 18 anos ou mais possuem uma assistente de voz, ou seja, cerca de 54 milhões de pessoas. Somente em 2018, cerca de 18 milhões de norte-americanos adquiriram uma assistente de voz. “A previsão global, com excessão da China, é de que até 2025, quase 300 milhões de pessoas utilizem um dispositivo”, explica Maryna. “As pesquisas também indicam que 72% das pessoas que possuem um assistente de voz informaram que seus dispositivos costumam ser utilizados no dia a dia.”

Os temas mais comuns de pesquisa por voz continuam sendo pesquisas baseadas em fatos e mapas e direções. Mas o varejo ainda é um grande foco: é muito comum que as pesquisem sobre um produto ou preço antes de fechar uma compra. “65% das pessoas que possuem um Amazon Echo ou um Google Home não conseguem se imaginar voltando atrás e parando de usar o assistente de voz.”

Ferramentas de pesquisa

Para as empresas que souberem utilizar a seu favor a pesquisa por voz, o resultado é promissor. Isso porque 80% das respostas que um assistente virtual dá estão nas três primeiras respostas orgânicas dos buscadores. No Android, especificamente, esse número é de 72%. Ou seja: quem está na frente nas pesquisas leva tudo!

70% das respostas dadas por assistentes de voz são de destaque das SERPs (Search Engine Results Page), a página de resultados dos buscadores. 60% delas aparecem nos snippets de destaque e 11,5% são do bloco “as pessoas também perguntam” (60%, 40% e 20% para celulares Android, respectivamente).

Palavras-chave de âncora de backlinks e títulos estão um pouco mais presentes nas URLs das respostas para dispositivos Google Home e Google Home Mini. Em dispositivos móveis, entretanto, a diferença não é estatisticamente relevante. A velocidade de carregamento de resultados de pesquisa por voz também é uma vantagem: chega a ser 3,8 vezes superior à velocidade de carregamento de um website.

Segurança

“HTTPS também não é mais um diferencial, é um item obrigatório. A maioria dos resultados no Top 10 do Google e em demais posições já adicionaram uma camada extra de segurança em seus sites. Mais de 90% dos resultados orgânicos no Top 10 do Google utilizam HTTPS e 89% dos Top 20 também”, diz.

As pesquisas “perto de mim” cresceu 3 vezes nos últimos dois anos. Isso significa que, agora, 76% dos usuários de assistentes de voz realizam pesquisas por voz sobre locais pelo menos uma vez na semana. “Por isso, é importante que seu negócio esteja no Google meu Negócio, Apple Maps Connect, Yelp, Yext, Bing Places e outros, porque é dali que os assistentes virtuais tiram as informações para passar ao consumidor.”

Maryna mostra que este mercado é cada vez mais promissor para o varejo. Até 2025, o mercado norte-americano movimentará US$40 bilhões por compras por voz. “A comunicação falada é muito simples. Como estas inteligências virtuais conseguem se comunicar de forma natural, em geral, o resultado de uma pesquisa por voz pode ser entendida por um jovem de 15 anos. Resultados do Android tendem a ter uma dificuldade de interpretação ainda menor”, explica.

Como se destacar

Maryna lembra que a a pesquisa por voz é voltada aos parágrafos. Por isso, 89% das perguntas devem ser otimizadas para parágrafos e snippets em destaque. Para chegar ao pódio e ter o nome do seu produto ou marca como resposta para Alexa, Siri, Cortana e Google Assistente, certifique-se de ter parágrafos sucintos de 40 a 60 palavras, ou até 350 caracteres. “Crie também uma página de perguntas frequentes dos seus produtos. Encontre as palavras-chave que desencadeiam snippets em destaque”, são as dicas da executiva.

Para conseguir um snippet de destaque, aborde o assunto de forma detalhada, use listas numeradas ou não numeradas, coloque uma imagem forte e relevante próxima à resposta e disponibilize tanto a pergunta quanto a resposta na mesma página.

Para conferir mais detalhes do RD Summit 2019, acesse aqui.

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