Nos últimos 10 anos, a tecnologia assumiu um papel fundamental na vida dos latino-americanos, mudando a maneira como interagimos e nos conectamos com o mundo, desde como consumimos notícias até como comemos. E não apenas isso, o progresso tecnológico também tem um grande impacto na economia e influencia diretamente o desenvolvimento de todas as indústrias e o crescimento do PIB na região.

De fato, de acordo com a IDC, o setor de TI na América Latina crescerá 4,8% até 2020, impulsionado principalmente por investimentos em nuvem, IA, Blockchain, segurança, hardware e serviços. Mas as empresas latino-americanas estão preparadas para a era da “supremacia digital”?

Confira quais são as cinco tendências que marcarão nossas vidas e ajudarão a impulsionar o crescimento da região:

1) A nuvem: a base da economia digital

Segundo a IDC, até 2022, mais da metade das empresas na América Latina integrará o gerenciamento da nuvem, por meio de nuvens públicas e privadas, através da implementação de tecnologias, ferramentas e processos de gerenciamento híbridos ou multi-unificados.

“As empresas latino-americanas continuarão seu caminho para a nuvem híbrida e multi-cloud, principalmente porque os serviços de nuvem pública em ambientes híbridos demonstraram a capacidade de suportar os requisitos de segurança, proteção de dados e transparência que as empresas de nossa região demandam e exigem”, diz Natalia de Greiff, vice-presidente de Cloud & Cognitive da IBM América Latina.

Embora a computação em nuvem híbrida forneça a máxima flexibilidade, isso só funciona se for baseada em padrões abertos, para que os desenvolvedores de software possam criar um aplicativo uma vez e executá-lo em qualquer lugar. Essa é uma das razões pelas quais a IBM concluiu este ano sua aquisição da Red Hat, fornecedora líder de tecnologias de nuvem híbrida de padrões abertos.

2) Desenvolvedores: eixo de inovação nos negócios

Segundo a IDC, em 2025, quase 50% das empresas na América Latina serão produtoras de software e haverá mais de 90% dos novos aplicativos estarão na nuvem. Além disso, de acordo com o BID, em 2025 o setor empregará mais de 1,2 milhão de programadores na região.

“O papel do desenvolvedor de tecnologia está cada vez mais presente em todas as empresas, independentemente do tamanho ou do setor. Na próxima década, os desenvolvedores estarão cada vez mais envolvidos nas decisões de negócios, não apenas no nível tecnológico, mas também inovando, usando seus conhecimentos em tecnologias como nuvem, IA e software aplicado para resolver as maiores questões que afetam a nossa região”, afirma Carla Coelho, vice-presidente de Digital da IBM América Latina.

O software de código aberto constitui mais da metade das bases de código de negócios analisadas em 13 dos 17 setores da economia e continuará a aumentar, pois o rápido aumento do uso das novas tecnologias é responsável por uma crescente transformação no mercado e na própria economia.

3) Uso de dados: fator de decisão para adotar IA

De acordo com o estudo do Institute for Business Value, 81% dos líderes de negócios apoiam ativamente as empresas que são transparentes sobre como usam seus dados e evitam fazer negócios com empresas que não o fazem, uma tendência que crescerá exponencialmente na próxima década.

“Mais e mais empresas, consumidores e cidadãos estão se conscientizando de como seus dados são usados ​​e quem os controla. É essencial que todas as empresas, tanto de tecnologia, quanto os governos, empresas privadas e o ecossistema como um todo trabalhem juntos para que a premissa de que os dados são de clientes ou consumidores seja sempre atingida” – Fabio Rua, Government & Regulatory Affairs Executive da IBM América Latina.

Dados e IA juntos são a oportunidade e o problema dos tempos atuais. A IBM criou e segue as diretrizes sobre gerenciamento de dados e administração responsáveis das novas tecnologias, e convidou outras empresas a adotarem compromissos semelhantes, algo que será fortalecido ainda mais na próxima década.

4) Indústrias transparentes: blockchain a serviço da humanidade

A IDC espera que o gasto com blockchain na América Latina cresça de aproximadamente US$50 milhões em 2019 para US$200 milhões em 2023, com casos de uso em finanças, saúde, fabricação de produtos, varejo e cadeia de produção, entre outros.

“Todas as indústrias podem se beneficiar da tecnologia blockchain, porque todos os setores e ecossistemas precisam ter transparência e imutabilidade sobre qualquer mudança realizada em seus ambientes. Blockchain continuará avançando para transformar a maneira de produzir ou distribuir alimentos ou rastrear medicamentos, proporcionando maior confiança no consumidor final. Sua aplicação na próxima década não terá limites” – Marcelo Spaziani – VP de vendas da IBM América Latina. A tecnologia não existe por si só, especialmente inovações que podem transformar o mundo em uma escala às vezes difícil de contemplar. Blockchain é uma dessas tecnologias inovadoras e, como inteligência artificial e computação quântica, será uma tecnologia que nos ajudará a trazer transparência à sociedade como um todo na próxima década.

5) Edge Computing: da teoria à prática

Segundo a IDC, até 2023, mais de 30% da nova infraestrutura de TI corporativa implementada na América Latina estará no Edge.

“A próxima década verá um aumento na computação de ponta, impulsionada pela implementação da tecnologia 5G no setor de telecomunicações. Servidores compactos e eficientes, localizados nas bordas da rede, podem colocar o poder de processamento onde melhor pode ser usado” – Ana Zamper, vice-presidente de Systems da IBM América Latina.

Independente de onde sejam gerados os dados: seja de sensores em uma fábrica, de consumidores que compram em um ambiente de varejo, ou dispositivos móveis conectados à rede de negócios de uma empresa, a computação em borda será uma tecnologia transformadora. E nesta era de Edge Computing, a tecnologia quântica será a revolução que vai marcar a próxima década e da qual veremos mais nos próximos anos.

Mas, sem dúvida, a escassez de habilidades é o desafio que precisaremos enfrentar para tornar possível que essas 5 tendências sejam bem-sucedidos na América Latina.

“O caminho para a reinvenção digital passa, sem dúvida, pelo desenvolvimento da próxima geração de profissionais, que nos fará levar a América Latina para o próximo nível de inovação”, comenta Ana Paula Assis, presidente da IBM América Latina. “É por isso que, na IBM, continuamos e permaneceremos comprometidos com o desenvolvimento de ecossistemas educacionais, nos quais empresas privadas, organizações públicas, escolas e universidades trabalham juntas para o desenvolvimento social e econômico da nossa região, com iniciativas como P-Tech, Skills Academy e Maratona Behind The Code, e programas conjuntos com mulheres em STEM, Junior Achievemement e Laboratória”.

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