Com o cancelamento de shows e projetos, eles decidiram usar a criatividade e conseguiram formatar um projeto inédito

 

Quando a pandemia chegou ao Ceará e as medidas de isolamento foram decretadas, um dos artistas desta história estava às vésperas de estrear uma peça teatral e o outro tinha vários eventos contratados e projetos em andamento. Pegos de surpresa com a proibição de espetáculos com plateia, Dyego Stefann e Diego Clayton, conhecidos respectivamente como Palhaço Bibildo e Palhaço Barruada, trabalhavam em grupos diferentes mas se conheciam e já haviam trabalhado juntos em vários eventos infantis e corporativos.

Primeiro, Stefann recebeu o convite de uma amiga para criar um conteúdo online para divertir os filhos de amigos que já estavam entediados com a rotina de desenhos na TV, brincadeiras domésticas improvisadas e joguinhos eletrônicos. Ele elaborou um pequeno show e percebeu, ali, um nicho ainda inexplorado e inovador.

Nesse ponto, ele convidou o amigo Diego Clayton a entrar no projeto, trazendo a sua experiência em eventos corporativos e maiores. Formada a dupla, nascia a Colônia de férias online, em formato de conferência show. Aplicada através da plataforma “Zoom”, que é a mesma utilizada pelas escolas para repassar as atividades para as crianças, o espetáculo começou a se aprimorar.

Para isso, eles passaram a realizar avaliações diárias a fim de enriquecer o formato das atividades. Atrelando a experiência nas apresentações ao Networking para acelerar os processos. Hoje, o projeto inclui apresentações virtuais de uma hora diária, reunindo, no mesmo horário, crianças de várias famílias e de várias localidades, levando brincadeiras, contação de histórias, teatro de fantoches, origami, tudo com base na interatividade virtual.

Buscando minimizar os impactos emocionais dessa pandemia, e utilizando a figura irreverente e lúdica do palhaço, eles interagem com as crianças, inclusive citando-as pelos nomes, dando espaço para elas se manifestarem, valorizando o protagonismo infantil.

“O objetivo é educar, levar cultura, arte, entretenimento, como uma forma de ajudar as crianças a diminuírem o stress e a encararem melhor o período de quarentena”, explica Dyego Stefann. Já Diego Clayton enfatiza o grande leque que o projeto pode abranger. “Podemos trabalhar com festas de aniversário infantil, desenvolvimento de ações preventivas e corretivas para contribuir no combate aos impactos do Covid-19, ações com colégio, com famílias de empregados de empresa, ações para empresas e enfim, essa iniciativa não tem fronteira. É nacional e internacional. Podemos ter crianças cearenses falando com crianças gaúchas ou portuguesas. Afinal, a linguagem do lúdico e da alegria é mundial”, conclui.

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