O saldo positivo no mês foi influenciado principalmente pelo setor agropecuário, que chegou a abrir 1.564 novas frentes de trabalho. Mas, no acumulado do ano, o RN ainda tem um déficit de 5,8 mil vagas

O Rio Grande do Norte encerrou setembro deste ano com um saldo de 4.462 novas vagas de emprego abertas. Este é o quarto mês consecutivo do ano que o estado tem alta na geração de empregos com carteira assinada. Apesar do desempenho positivo, a quantidade de vagas é 24% menor do que o total de empregos criados em agosto, quando o Rio Grande do Norte fechou o mês com um saldo de 5,9 mil novas vagas. Com isso, o RN foi o sexto estado do Nordeste no ranking da geração de emprego, atrás do Pernambuco, Bahia, Alagoas, Ceará e Maranhão. Atualmente, o estado possui 421,7 mil profissionais contratados com carteira assinada.

Os dados sobre o mercado de trabalho formal no estado integram o ‘Mapa do Emprego do Rio Grande do Norte’, um levantamento feito pelo Sebrae no Rio Grande do Norte com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Ministério da Economia. O segmento que mais contribuiu para essa alta no mês foi da agropecuária, que abriu 1.564 novos postos de trabalho. Na indústria, comércio e serviços, o saldo também foi positivo no mês com a criação de 1.044, 994 e 972 vagas em setembro, respectivamente. Já a construção civil amargou um desempenho negativo, com 112 postos de trabalho fechados no nono mês do ano.

O levantamento mostra que no acumulado entre janeiro e setembro, o Rio Grande do Norte ainda apresenta um saldo negativo em mais de 5,8 mil vagas, como conseqüência, sobretudo, do forte impacto que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) trouxe para o mercado de trabalho, tendo a fase mais crítica no mês de abril, quando foram perdidos 9,4 mil postos de trabalho em todo o RN. O saldo acumulado continua deficitário porque o número de demissões (102,3 mil) no período foi superior às contratações (96,5 mil) ocorridas nesse mesmo intervalo.

De acordo com o ‘Mapa do Emprego do Rio Grande do Norte’, somente os setores da construção civil e agropecuário tiveram saldo positivo nos nove primeiros meses do ano, com a criação de 1.466 vagas e 630 vagas, respectivamente. Os demais perderam vagas, principalmente o setor de serviços que já acumula uma perda de 4.536 postos de trabalho. No comércio, o número de vagas encerradas ultrapassa as duas mil, enquanto na indústria o total é de 1.350 empregos encerrados.

O Mapa do Emprego do Rio Grande do Norte mostra também a distribuição das novas vagas geradas em todo o estado. Os municípios que tiveram contratações maiores que as demissões foram Natal (2.184 vagas), Mossoró (687 vagas), Ipanguaçu (298 vagas), Baia Formosa (183 empregos) e Apodi (159 vagas). Já Parnamirim foi a cidade que mais teve empregos perdidos, com um saldo negativo em 275 vagas, seguido de Macaíba (-164 vagas), Areia Branca (-63 vagas) Alto do Rodrigues (-32 vagas) e Jardim de Piranhas (-19 vagas).

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