A iniciativa inédita teve como objetivo discutir melhores práticas para fomentar o mercado de cafés diferenciados das Indicações Geográficas, exportação, sustentabilidade, governança, entre outros

Teve início, nesta quinta-feira (23), o 1º Seminário das Indicações Geográficas (IG) de Café. O evento inédito é uma realização do Sebrae em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Instituto Federal do Sul de Minas. Com o objetivo de aproximar para o debate produtores, comerciantes, estudantes e pesquisadores, o Seminário terá, ao longo do dia, uma programação com temas de interesse como exportação, cenário internacional das IG, governança, sustentabilidade e comportamento de mercado.

Na abertura do evento, a ministra do Mapa, Tereza Cristina, destacou o potencial da produção cafeeira para a economia do Brasil. “Somos o maior exportador de café do mundo e o segundo maior consumidor. O café gera mais de oito milhões de empregos no país. Além disso, a cafeicultura tem uma posição de destaque na nossa história e na nossa economia”, disse. Segundo a ministra, as 13 IG de café que o Brasil possui são apenas o começo de um trabalho conjunto que é feito para valorizar os produtos nacionais.

“Diante da forte presença do café na mesa dos brasileiros, eu não tenho dúvidas que esse número só irá aumentar. A Indicação Geográfica de qualquer produto mostra a qualidade e o diferencial da produção, gera emprego, renda e desenvolvimento sustentável para o país. Por isso, o Mapa, em parceria com o Sebrae e demais instituições, tem trabalhado para aumentar esses registros”, afirmou. Cristina adiantou ainda que o lançamento do Selo Nacional de Indicações Geográficas acontecerá em breve. “Será de grande importância para os consumidores identificarem os produtos e os produtores terem seus trabalhos reconhecidos”, comentou.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, iniciativas como o Seminário das IG de Café demostram o empenho das instituições em fomentar os registros de produtos com qualidade reconhecida, gerando mais valor agregado aos produtos agrícolas. “O café brasileiro sempre foi muito apreciado no Brasil e no mundo. As IG oferecem o diferencial ao consumidor, de forma que ele pode escolher qual seu café preferido, com a certeza de uma produção de qualidade, com processos verificados”, pontuou.

Melles reforçou que o trabalho de incentivo aos produtores para investirem em registros de Indicação Geográfica terá continuidade e será impulsionado com a criação do Selo Nacional de IG. “Nosso principal objetivo é agregar valor, fomentar a economia que gira em torno desses produtores de mercadorias tão especiais. Com os registros de IG, estamos protegendo e promovendo não só o café, mas mel, amêndoas, castanhas, queijos, vinhos e todas as riquezas que o meio ambiente brasileiro nos proporciona. Trabalhando de forma sustentável e valorizando os produtos locais podemos ir mais longe”, declarou.

De acordo com Marcelo Bregagnoli, reitor do Instituto Federal do Sul de Minas, o principal destaque do evento é a oportunidade de unir tantos atores do ecossistema cafeeiro, em um só local, para o debate sobre boas práticas. “Aproximar ideias, ações e pessoas que estão envolvidas com as IG de café é muito importante. A cafeicultura tem um valor especial no nosso estudo, temos realizado ações de extensão, pesquisas, cursos e temos até um polo voltado somente para o assunto. Tenho certeza de que esse evento resultará em grandes conexões entre academia, mercado, consumidores e gestores públicos”, afirmou. O Seminário das IG de Café terá diversos painéis que podem ser acompanhados aqui.

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